sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Reflexões: minha dor!


Existem dias que são feitos de sorrisos, cor e sol... contudo, há ainda outros em que meio a sorrisos, gargalhadas, pode ser perceptível uma certa dor no tom de voz, uma tristeza no semblante, nada tão insuportável que faça lágrimas correrem pelo rosto... mas há os dias em que estas águas salobres derramam numa expressão de dor, dor minha, dor de dentro, sem mímeses, sem reflexos, sem espelhos, eu sentindo sozinha, eu sentindo o coração apertado, sangrando e explodindo através dos meus olhos.
Não há como discutir se a dor é pequena ou grande, a dor é minha, a dor é sua, a dor é de quem a sente... é insensibilidade de quem critica tamanha a dor do outro, a julga de exagerada ou desnecessária. Peço licença pra sentir e mostrar o que estou sentindo, e se o único amigo que tenho não está preparado pra me ver sofrendo, o que posso fazer? Escolho me recolher, buscar outras coisas que não o envolva, se eu pudesse pararia até de almoçar... me lembra de forma entristecida a companhia dele!!
Refletindo sobre a palavra DOR em toda a sua complexidade, ouvi algo muito interessante aqui: para entendermos e recebermos Cristo em nós a nossa alma precisa de um derramamento de dor e de alegria, não há como viver sem dor, como se o tecido da sua alma precisasse destes dois itens para se formar... não andamos procurando por ela, pelo menos eu não, não somos masoquista não é mesmo?! Mas quando menos esperamos damos de frente com ela, e a forma com que reagimos é individual, é única... ela não escolh raça e muito menos poder aquisitivo. Mas a grande questão aqui é, o que fazer com ela? Somente sofrer? Hoje estou no processo de reflexão, pensando em meu futuro, pensando em o que eu quero pra mim daqui pra frente... aos direitos que foram dados a Aristóteles a frase: só sei que nada sei, me remete a ideia de quanto mais eu penso, mais reflito, mais decido... menos eu sei, mas de uma coisa tenho tomado pra mim como verdade, não preciso mendigar carinho de ninguém, exclusividade de ninguém, amizade de ninguém... tenho conquistado outras pessoas em meus dias, pessoas que demonstram um carinho gratuito, reconhecem minhas qualidades, percebem minhas crises e como um bom amigo me repreendem e estendem o braço... pena que nem todos são assim, que nem tudo é fácil desta maneira... tem hora que engolir certas coisas se faz necessário, mas "há" lágrimas insistem em se mostrar, insistem em tomar um lugar, e meus sentimentos explodem com palavras que expressam o que estou sentindo, como estou vendo... mas não há um aspirante psicológo que entenda, ele não consegue se tirar da situação e me ver como o outro, o outro que o vê como o amigo para conversar e contar o que está passando, e então descubro que é um erro vê-lo desta forma. Não vou mais descrever este momento ruim, sei o que tem se passado comigo, na verdade não sei ao certo, desconfio apenas... mas este texto é a minha reflexão sobre meus sentimentos, e não apenas lamurias desta tristeza... sou um ser da experiência, e esta é única e só minha, é a minha dor... licença, ela chegou sem pedir licença!

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